17 de nov. de 2010

Um pouco de Venezuela

Por Flora Oliveira
Situada ao norte da América do Sul, a Venezuela é banhada pelo mar do Caribe. Faz fronteira ao sul com o Brasil, a leste com a Guiana e a oeste com a Colômbia. Possui uma extensão territorial de aproximadamente 912.050 km², com algumas ilhas nas Pequenas Antilhas, fazendo fronteira marítima com os territórios autônomos neerlandeses de Aruba, Antilhas Holandesas, e Trinidad e Tobago. O idioma oficial da Venezuela é o espanhol, sua capital é a cidade de Caracas, que se trata da cidade mais populosa do país.

1. História da Venezuela
Américo Vespúcio, o primeiro a explorar a costa da Venezuela, chegou por volta de 1498 no Golfo de Macaraibo, onde encontrou nativos que viviam em habitações lacustres, construídas sobre estacas de madeira fixas no lago. Vespúcio, que era italiano, achou aquelas construções semelhantes às da cidade de Veneza, daí o nome Venezuela, que significa pequena Veneza. Sua colonização iniciou-se em 1520. Antes da chegada dos europeus, a Venezuela era habitada por povos indígenas se destacando os índios caraíbas, aruaques e os cumanagatos. Em 1567 foi fundada a cidade de Caracas, que se tornou um importante centro desta região. O território da Venezuela já esteve dividido entre Vice-Reinado do Peru e Audiência de Santo Domingo até que em 1717 foi estabelecido o Vice-Reinado de Granada. A Venezuela tornou-se uma capitania geral do império Espanhol em 1776.


Caracas

A Colômbia foi o primeiro país que as forças de Bolívar conseguiram libertar de uma vez por todas. Isso aconteceu na Batalha de Boyacá, em sete de agosto de 1819. Isolado por Bolívar, o exército realista foi encarregado de tomar a ponte de Boyacá e seguir até Bogotá. Ao saber da movimentação, Bolívar deslocou suas tropas para o local. No confronto, 210 realistas foram mortos ou feridos e 1600 feitos prisioneiros. Bolívar ocupou a capital sem resistência no dia 8 e mandou colunas para libertar as demais províncias. Derrotado, o general Morillo retornou à Espanha em 1820.

Em 24 de junho de 1821, a terra de Bolívar presenciou, enfim, o confronto que a tornaria independente: a Batalha de Carabobo, travada numa região de savana. Em 1821 o país passa a integrar a República da Grande Colômbia, junto com a Colômbia, Equador e Panamá e a costa ocidental da Nicarágua, que se dissolveu somente após a morte de Simón Bolívar. Tal integração fazia parte do projeto bolivariano como proposta de unidade entre os povos e espaços colonizados pela Espanha. A partir de 1830, quando é efetuado o rompimento, foi estabelecida a República da Venezuela.

A descoberta das grandes jazidas de petróleo se deu no inicio do século XX. Com a introdução da exploração do petróleo em 1922 há uma profunda transformação na economia do país, colocando-o numa posição de destaque entre os fornecedores do estratégico produto em nível mundial e modificando sua organização social que de proprietários-peões, passa para uma relação de capital-trabalho. As primeiras eleições presidenciais se deram apenas após o ano de 1947. A legalização dos partidos de esquerda e a pacificação da nação após dez anos de guerrilhas foram feitos do então presidente eleito em 1969, Rafael Caldera. No fim da década de 80, houve grandes levantes populares, derivados da corrupção no governo e pelas medidas adotadas para combater a crise econômica. Os anos 80 foram marcados por crises causadas pelo gigantesco crescimento do gasto interno devido à política que desenvolveram os dois partidos tradicionais. Em 1989 houve uma revolta popular em protesto pelo aumento de impostos decretado na segunda presidência de Carlos Andrés Pérez (1989-1993). O descrédito do regime se foi agravando depois da tentativa súbita do golpe de Estado encabeçado em 1992 pelo coronel Hugo Chávez, visando à destituição do presidente Carlos Andrés Pérez em 1993 acusado de corrupção, e pela instabilidade vivida durante a presidência de Rafael Caldeira (1994-1999).


Hugo Chávez

2. O governo de Hugo Chávez

Hugo Rafael Chávez Frías é o atual presidente da Venezuela. É um político militar, e o 53° presidente da Venezuela. Chávez defende os ideais bolivarianistas, promovendo o socialismo, a democracia, e a cooperação entre a América Latina e o Caribe. Crítico declarado da globalização, do neoliberalismo e dos Estados Unidos, tem um discurso pautado na luta contra a corrupção e nas reformas sociais, onde conseguiu grande força e apoio popular. Após liderar um golpe de estado mal-sucedido contra o então presidente Carlos Andréz Pérez em 1992, Chávez foi eleito em 1998 obtendo enorme apoio popular, promovendo uma série de políticas assistencialistas, com o objetivo de combater as doenças, o analfabetismo, a desnutrição, a pobreza, entre outros problemas sociais. Assumiu a presidência em 1999 para um mandato inicialmente de cinco anos, pondo fim a quatro décadas de domínio dos partidos tradicionais. Através de sua popularidade, Chávez fundiu diversos partidos venezuelanos de esquerda, centralizando o poder em suas mãos. Controla a Assembléia Nacional, o Tribunal Supremo de Justiça, o Banco Central e a indústria petrolífera.


3. Geografia
No relevo venezuelano distinguem-se três regiões principais: a região dos altos relevos, os llanos que são as planícies, e o maciço da Guiana. Na região dos altos relevos destaca-se a cordilheira dos Andes, que ao penetrar na Venezuela, vinda da Colômbia, se desdobra em duas partes principais – uma para o norte (a Serra do Perijá) e outra para o nordeste (a cordilheira de Mérida) que culmina no Pico Bolívar (5002m), coberto de neves eternas.

Acompanhando o litoral, erguem-se a cordilheira da costa ou do Caribe e, mais adiante, terminando na península de Paria, a cordilheira oriental. Entre a Serra do Perijá e a Cordilheira de Mérida fica a maior depressão da região, a do lago Maracaibo, que se comunica por um estreito canal com o golfo da Venezuela. Na direção sul, até encontrar o rio Orinoco, estende-se a região dos llanos, que ocupa mais de um terço da superfície do país. Sua altitude média é pequena, exceto no sopé das montanhas, e sua topografia é constituída por numerosos platôs.

Na outra vertente do mesmo rio fica o sistema Parima ou maciço das Guianas, que ocupa 45% do território venezuelano. Com altitude média de 400 m, apresenta, contudo, elevações importantes, como os montes Roraima, Guanayguaca e outros, e violentos desníveis que interrompem o curso dos rios, produzindo enormes quedas d'água, como a do Salto Ángel, a cascata mais alta do mundo, com uma queda de 979 m.




4. População

A população Venezuelana possui uma variada combinação de etnias; aos ameríndios originais e aos espanhóis e africanos que se lhes juntaram depois da conquista espanhola, a imigração durante o século XX trouxe grandes quantidades de italianos, portugueses, árabes, alemães e outros, provenientes de países limítrofes da América do Sul. Cerca de 85% da população vive em áreas urbanas na parte norte do país. Apesar de metade da área terrestre da Venezuela se situar ao sul do rio Orinoco, esta região contém apenas 5% da população.

A estimativa de 2008 é de que a população venezuelana encontra-se em torno de 27.934.783 habitantes, sendo que a densidade demográfica gira em torno de 30 habitantes por quilômetro quadrado. A expectativa de vida é de 73 anos; a mortalidade infantil é de 17 crianças a cada mil nascimentos. Pesquisas mostram que 93% da população se encontra alfabetizada.

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Acesso em 2 de novembro de 2009.

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Acesso em 29 de outubro de 2009.
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